Comissão aprova regionalização de livros didáticos 5j1j37
4g3b5b
![]() |
|
Fonte: TV Câmara
4g3b5b
![]() |
|
Fonte: TV Câmara
Usando da tradição, a Escola Estadual Dr. Eloy Werner, localizada no Distrito de Realeza, município de Manhuaçu, promoveu um dos maiores desfiles cívicos da região, na tarde da última quarta-feira, sete de setembro. Demonstrando estarem em dia com os acontecimentos no Brasil e do mundo, os mais de mil alunos, tanto da sede como também dos endereços anexos de Vilanova, Santo Amaro de Minas e São Pedro do Avaí, abordaram inúmeros temas polêmicos e atuais. Durante várias horas, a avenida principal da sede do Distrito se transformou em uma arela colorida por pessoas e adereços, em um gesto de plena manifestação de cidadania e arte. Para os organizadores e o seleto grupo de autoridades que compam o palanque, o evento surpreendeu e marcou a história da localidade, como uma das mais brilhantes realizações desse gênero já promovida.
Em forma de pelotões, os estudantes retrataram assuntos como: paz; meio ambiente; imigração; símbolos nacionais; corrupção; educação; esportes; violência; e o ano internacional da física, com direito a efeitos especiais. Na oportunidade, foram prestadas também importantes homenagens aos cem anos do Rotary Internacional e da Companhia Força e Luz Cataguazes–Leopoldina e ainda, para a saudosa professora Ejane Firmino dos Santos. O ritmo da marcha do desfile foi marcado pelo som de uma magnifica e intensa fanfarra, integrada por estudantes da sede do educandário e da extensão em Vilanova, sob o apito do regente Adriano Dutra Carvalhos. Ao findar do desfile três momentos chamaram a atenção dos presentes. A apresentação musical com a participação do aluno Robson Dutra, o pronunciamento do diretor da escola, Júlio Caetano Dias, com ênfase nos agradecimentos à Prefeitura de Manhuaçu pelo e e nos elogios aos responsáveis pela atividade, e o sorteio de um televisão, 20 polegadas, doada pelo deputado federal Mário Heringer (PDT/MG). O sorteio serviu para arrecadar fundos a serem utilizados na aquisição de instrumentos musicais para a fanfarra da escola. (Senisi Rocha) |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
O Deputado Mário os recebeu em sua residência, como também ofereceu um jantar para iniciar as tratativas de acertos políticos visando o apoio deles à candidatura de Mário Heringer para a re-eleição na Câmara dos Deputados.
O município de Muriaé, representado pelo Ex-Vereador Devail P. Correa e Kátia Bráz troxeram a comitiva, juntamente com José Emídio e Paulo Araújo de Barbacena, para acompanhar o julgamento da ADIN impetrada pelo PDT junto ao Supremo Tribunal Federal a fim de re-estabelecer o número de Vereadores nos municípios brasileiros.
![]() |
|
Fonte: TV Câmara
Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,
O Estado brasileiro sempre cultivou uma nata vocação para a adoção de paliativos quando não consegue solucionar questões que o afetam e que são da sua alçada. Vale ressaltar que não se trata de um fenômeno típico do atual Governo, mas também de todos que o antecederam.
Quando há uma deficiência do Estado na solução de um problema, busca-se solucioná-lo com a adoção de um puro e simples decreto. Para combater os alarmantes e endêmicos índices de violência, por exemplo, descobriu-se o “ovo de colombo” com o desarmamento da população. A priori, parece uma medida bastante salutar, pois o porte de armas só deveria ser concedido a quem realmente necessitasse dele, mas por si só essa lei não resolverá a grave questão da violência. Parece até aquela história do técnico de futebol que ensina aos seus jogadores a estratégia para ganhar o jogo até que ouve a pergunta de um deles: “O senhor combinou isso com o adversário?” Parodiando-a, questiono: o Poder Público, ao acreditar que vai solucionar a questão da violência com País com essa lei, já combinou isso com os bandidos?
Não quero aqui, Sras. e Srs. Deputados, fazer apologia do uso de armas, mas, enquanto a população está sendo desarmada, os bandidos tornam-se a cada dia mais poderosos. O crime organizado arma-se até os dentes, com equipamentos modernos, poderosos e de grande capacidade de destruição. Em contrapartida, as verbas públicas destinadas ao combate à violência e ao crime organizado são drasticamente reduzidas, quando na verdade deveriam ser quadruplicadas.
A ameaça de cortes pelo Ministério da Justiça dos já parcos recursos é algo inaceitável. Enquanto especialistas estimam que seria necessário o aporte de R$ 1,5 bilhão, o Estado promete apenas R$ 412 milhões. Isso cria uma situação de tamanha desvantagem que nos primeiros meses de 2004 foram mortos mais de 280 policiais civis e militares no Brasil, muitos dos quais em atividades alheias, como de segurança privada, que exercem no período de folga porque os salários que lhes são pagos não são suficientes para o sustento de suas famílias.
Ninguém ignora, Sras. e Srs. Deputados, que a violência no Brasil, em especial a violência urbana, já atingiu níveis de extrema dramaticidade. Nos grandes centros urbanos a sua banalização já se tornou perigosa, porque o cidadão tende a se adaptar à realidade, seja ela qual for, buscando alternativas de defesa, porque não confia na atuação do Poder Público. E com razão essa desconfiança se consolida, principalmente pela total falta de sintonia entre os Entes Federativos. Há que se buscar ações conjuntas entre União, Estados e Municípios, sem que as divergências políticas interfiram nessas ações.
Adotar uma atitude maniqueísta na discussão do plebiscito sobre o desarmamento que será realizado em outubro próximo é totalmente descabido, porque a situação é tão complexa que exige maiores reflexões, e a população não está devidamente preparada para responder se é ou não favorável ao desarmamento. Considero extremamente importante a sua rejeição, pois não creio que ninguém, em sã consciência, possa ser contra a permissão para que os cidadãos portem armas em defesa de seus familiares e bens, indiscriminadamente, sem desconsiderar que, por outro lado, cabe ao Poder Público garantir a segurança de toda a sociedade, aparelhando adequadamente os órgãos de repressão e prevenção do crime, pagando salários dignos aos seus agentes, para evitar que sejam cooptados pelo crime organizado, e promovendo concursos para contratação suficiente de pessoal.
Só uma atuação efetiva e eficaz no combate de todas as modalidades de violência dará ao cidadão a segurança suficiente para que possa pensar, num futuro distante, em abrir mão da arma que mantém em casa.
O desarmamento, Sras. e Srs. Deputados, só será eficaz quando atingir também os bandidos, porque um bandido desarmado é como um carpinteiro sem a serra, o pintor sem pincel ou o médico sem o bisturi: incapaz de executar o seu serviço. Quando adota medidas coercitivas para desarmar os cidadãos, o Estado tem o dever de desarmar também os bandidos. Só assim alcançaremos a tão almejada paz social.
Tenho a convicção, Sr. Presidente, de que o alto custo que pagamos pela excessiva violência é muito maior que os investimentos necessários para combatê-la. Calcula-se, por exemplo, que só no Município do Rio de Janeiro 40% do orçamento destinado aos hospitais públicos estão sendo utilizados para o atendimento de vítimas da violência, sejam baleados, sejam esfaqueados, sejam vítimas do trânsito. Combater a violência é na realidade um investimento extremamente vantajoso no médio prazo, mas parece que não há, por parte das autoridades competentes, a sensibilidade necessária para enxergar isso.
Mas, exatamente nesses 40%, as vítimas são na maioria marginais em disputa ou cidadãos indefesos. Assim, as armas nas mãos de cidadãos em casa, não para porte na rua, são necessárias e imprescindíveis. Ninguém pode delegar a defesa de seus familiares a esse sistema falido e abandonado de segurança.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
![]() |
![]() |
Abordando temas como a “união civil gay” e “Brasil sem Homofobia”, o parlamentar mineiro discutiu abertamente com os presentes a necessidade de maiores esclarecimentos junto à população brasileira, no que tange a “um contínuo combate e enfrentamento de discriminações e violência contra os homossexuais”.
O deputado Mário Heringer disse: ” Estou convicto de que só é possível construirmos uma sociedade fraterna e igualitária se o conjunto da sociedade entender que o caminho deste sonho a pela incorporação da diversidade humana.”
Discurso proferido pelo Deputado Mário Heringer na palestra “Ações do Legislativo a Favor dos Homossexuais”, promovida pelo Movimento Gay Mineiro, em Juiz de Fora – MG.
Em 19/08/2005
Senhoras e Senhores,
Ao tempo que congratulo-me com este momento de festa e reflexão, quero ressaltar que as organizações homossexuais do Brasil tornaram-se os grupos mais organizados no País de atuação no processo legislativo do Parlamento Brasileiro. Também quero destacar que como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias sempre orientava a minha assessoria para que colocasse a nossa estrutura à disposição de suas demandas. Tanto na minha gestão quanto na do meu colega de Partido, Deputado Enio Bacci, não poupamos energias para garantir a presença dos diversos segmentos que compõe esta comunidade. A nossa sala de trabalho tornou-se, praticamente, um escritório itinerante das diversas entidades representativas.
Também devo confessar que durante o meu trabalho frente à Comissão pude observar alguns focos de resistência sobre os direitos dos homossexuais, tanto no Parlamento quanto na própria Comissão. Ao buscar compreender esta contradição encontrei a minha explicação na própria tradição dos movimentos e entidades civis de direitos humanos, onde pude compreender que boa parte destes agentes sociais encontram-se vinculados a setores de diversas igrejas cristãs que infelizmente, não tem a devida compreensão de entender que o direito ao exercício da cidadania plena não a pelas convicções pessoais, morais e religiosas, e sim, pelos preceitos constitucionais.
Nenhum segmento social, seja pela orientação sexual, convicção religiosa e grupos étnicos pode sofrer qualquer sanção política ou restrição do processo legislativo, simplesmente por não partilhar de uma suposta forma única e dogmática de viver e pensar. Forma esta, arbitrariamente delineada segundo à imagem e semelhança daqueles que apregoam-se portadores de uma moral transcendental.
A diversidade humana é fato e regente da própria dinâmica vida e da nossa própria existência. Não podemos abrir mão de uma vida multifacetária e complexa. A vida faz sentido na medida em que aprendemos a conviver com a diferença humana. É muita falta de imaginação achar que vida é uma caminho monolítico e monocultural.
Como ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e membro da Frente Parlamentar em Defesa da Livre Expressão Sexual, assumi a questão dos direitos dos homossexuais como uma das bandeiras de atuação do meu mandato. Afinal, médico e humanista não poderia ficar indiferente a causa que envolve não só a questão da conquista de cidadania plena, mas o fim da opressão psicológica e física tão presente na vida de milhões de brasileiros homossexuais.
Tive a oportunidade de acompanhar diversos projetos de lei que estão tramitando na Câmara dos Deputados e de perceber a grande dificuldade em darmos celeridade a estas proposições. Isto significa que somente com a pressão da comunidade será possível tirar diversos projetos que estão adormecidos nas gavetas.
Em 2004, em minhas inúmeras entrevistas concedidas à rádios, televisões e jornais afirmei que é urgente se colocar na agenda do Congresso Nacional os projetos de interesse do segmento.
Entendo que a união civil entre os homossexuais é um imperativo e desejo de boa parte da população brasileira que não comunga com a hipocrisia de alguns em nome de uma pressuposta moral pura, e porque não dizer, de familiares que expulsam de suas casas milhares de adolescentes e jovens que assumem a sua condição de homossexual e depois que caminham pela vida afora e conseguem montar um patrimônio junto com seus parceiros, ao morrer seus familiares, “ilibados e irretocáveis”, voltam em busca do seu patrimônio.
Para mim isto configura como uma das maiores perversões das relações humanas. Demonizam, expulsam ou isolam um membro familiar homossexual e depois, cinicamente, se apresentam para receber a herança do falecido. Eis um caso de hipocrisia da sociedade puritana que persiste em intervir na vida privada das pessoas em nome de uma falsa moralidade calcada numa visão particular.
Se queremos legitimar o ideal de Estado laico e secular é imprescindível que ele se desprenda dos dogmas impostos pela sociedade tradicional. Dogmas estes, em boa parte, atrelados ao pensamento único religioso. O Estado que se apresenta como secular não pode criar critérios de políticas públicas em torno de uma moralidade ou convicção religiosa particular.
Infelizmente neste meu primeiro mandato, como deputado federal, pude observar que os focos de resistências dentro do Parlamento contrários aos direitos dos homossexuais residem no campo da moral religiosa.
Por estas razões, insisto em dizer que a comunidade de homossexuais precisa estar atenta, e continuar na luta pelos seus direitos dentro do Parlamento. Sei que o momento político é ingrato para se colocar na agenda legislativa proposições afetas ao conjunto da sociedade. Que a atual conjuntura política acaba restringindo até mesmo as nossas ações parlamentares em razão dos consideráveis números de Is.
No entanto, não podemos retroceder em nossas ações políticas dentro do Parlamento. A presença da comunidade homossexual no Parlamento será de fundamental importância para darmos prosseguimos em suas demandas. Somente com o uso da pressão junto aos Parlamentares poderemos vislumbrar a possibilidade de se colocar na pauta os principais projetos de lei.
Ao participar deste momento quero reafirmar o meu compromisso, enquanto Suplente da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados Federais, de colocar-me a disposição dos senhores e senhoras no que puder para colocar na pauta principalmente o projeto de união estável.
Coloco-me também a disposição no sentido de juntos propiciarmos condições de trabalho contínuo de combate e enfrentamento de discriminações e violência contra os homossexuais.
Estou convicto de que só é possível construirmos uma sociedade fraterna e igualitária se o conjunto da sociedade entender que o caminho deste sonho a pela incorporação da diversidade humana.
Parabéns e contem comigo nesta luta. A luta dos senhores e senhoras é a luta da nossa própria libertação dos preconceitos, discriminações e dogmas que tanto nos escravizam e desumanizam como seres humanos civilizados.
![]() |
“Tenho uma grande iração pelo povo de Martins Soaresa e estarei aqui sempre a disposição para ajudar em tudo no que for possível. Espero que a ambulância já recebida esteja servindo para minimizar o sofrimento dos necessitados da saúde no município.”
– Mário Heringer |