Autor: Deputado Mário Heringer 55o3b

Câmara dos Deputados instala Comissão Especial para analisar PEC 333/04 264n4f

103l5q


O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), leu hoje na sessão plenária o ato de criação da Comissão Especial que irá analisar a PEC 333/04. A Comissão será presidida pelo deputado Mário Heringer (PDT-MG), que lidera o movimento dos suplentes de vereadores no Congresso Nacional.

Ela será composta de 31 membros titulares e igual número de suplentes. A partir de amanhã, os líderes partidários já começam a indicar os nomes dos parlamentares que irão fazer parte da Comissão.

Segundo o presidente da Frente dos Vereadores, deputado Mário Heringer, esse é mais um o importante na luta pelo restabelecimento da proporcionalidade nos municípios brasileiros. Além de ser uma porta aberta para que os suplentes prejudicados pelo resolução do TSE assumam os mandatos.

Veja na íntegra o ato da presidência lido em plenário:

O Srº PRESIDENTE (Natan Donadon) Ato da Presidência.

Nos termos do § 2º do art. 202 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 333-A, de 2004, do Srº Pompeo de Mattos, que modifica a redação do art. 29A e acrescenta art. 29B à Constituição Federal para dispor sobre o limite de despesas e a composição das Câmaras de Vereadores e dá outras providências.

A Comissão será composta de 31 (trinta e um) membros titulares e de igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com os § 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 19 de Janeiro de 2006.
Assina : Aldo Rebelo
Presidente da Câmara dos Deputados

Líderes regionais visitam deputado Mário Heringer 5q814



Os vereadores Papinha (Sacramento-MG), Tenente Lúcio (Presidente da Câmara Municipal de Uberlândia-MG), Luizão Bizinoto (Líder do PMDB na Câmara Municipal de Sacramento-MG) e Marcos Antônio (PSDB de Sacramento-MG) estiveram no gabinete visitando o deputado Mário Heringer (PDT-MG), em Brasília.

Eles foram pedir ao deputado que desenvolva esforços no sentido de levantar mais recursos e verbas para a região. Mário Heringer disse que sempre trabalhou pelo povo mineiro e mostrou aos vereadores as inúmeras emendas apresentadas ao Orçamento que beneficiam a região e contemplam diversas obras nestes dois municípios. O deputado aproveitou para mostrar aos vereadores as ações de seu mandato e a sua atuação no parlamento.

Reunião em São João Nepomuceno-MG 1s2v5f


No dia 27 de dezembro de 2005, o deputado federal Dr. Mário Heringer reuniu com as lideranças do PDT na cidade de São João Nepomuceno, na oportunidade o deputado falou para os lideres e solicitou para que os mesmos lhe reasse o que falta para a cidade e enviasse para o seu gabinete. O deputado vai reunir com sua assessoria e analisar os pedidos e ver que pode ser colocado no orçamento do seu gabinete para o ano de 2006.

Na oportunidade estiveram presentes, o vereador Dr. Carlos Alberto dos Santos, vereador Ruy Rodrigues Barbosa, sr. Carlos Lopes presidente do PDT local, Dra. Olga secretária de saúde do município e o ex- vereador Paulo César Souza Barreiros(Sibélia). Estas visitas fazem parte do trabalho do deputado para fortalecer os interesses da Zona da Mata.

Bancada do PPS adere em peso à Frente dos Vereadores 1o4i32

“A dos parlamentares demonstra claramente que a Frente dos Vereadores já é um movimento vitorioso.”
Marta Leão


A bancada do Partido Popular Socialista – PPS na Câmara dos Deputados aderiu em peso à Frente dos Vereadores. A dos parlamentares no termo de adesão à Frente ocorreu ontem na sala da liderança do partido na Casa.

Líderes do movimento e suplentes que estão em Brasília no corpo-a-corpo com os deputados, comemoraram muito esse ato, que, segundo eles, indica mais uma vez que estão no caminho certo. Para a coordenadora do Modeve em São Paulo, Marta Leão, que esteve reunida com a bancada na liderança do PPS, a dos parlamentares demonstra claramente que a Frente dos Vereadores já é um movimento vitorioso.

Procuradoria Geral da República acata representação de Mário Heringer 4q3q14


Veja na íntegra os ofícios recebidos da Procuradoria Geral da República – 3ª Câmara de Coordenação e Revisão – Consumidor e Ordem Pública:

Ofício n° 1382/2005/3° Câmara

Brasília,
21 de dezembro de 2005
Exmo. Senhor
Deputado Mário Heringer
Câmara dos Deputados
Anexo IV-Gabinete 212
CEP:70.160-900- Brasília /DF

Senhor Deputado,
Em atenção á Representação protocolizada por vossa Excelência nesta Procuradoria Geral da República em 27 de outubro de 2005 sob o n° 1.00.000.011294/2005-62, encaminho copia da decisão proferida nos autos do procedimento supracitado, e informo que o mesmo foi remetido á Procuradoria da República no Distrito Federal para adoção das providências que se fizerem necessárias.

Atenciosamente,

Aurélio Virgilio Veiga Rios
Subprocurador-Geral da República
Coordenador da 3°CCR

Rel. 1049/2005/RMS
PROCEDIMENTO ISTRATIVO N.º1.00.000.011294/2005-62
ORIGEM: 3ª CCR
INTERESSADO: DEP. MÁRIO HERINGER
RELATOR: JOÃO FRANCISCO SOBRINHO

1.P.A.instaurado no âmbito da 3ª CCR a Partir de denúncia encaminhada ao MPF Por ofício do Exmo. Sr. Deputado Mário Heringer, que noticia realização de propaganda enganosa ao consumidor na internet e TV, falta de registro de produtos na ANVISA e emprego de métodos coercitivos e desleais contra o consumidor.
2.Necessidades de melhor apuração dos fatos denunciados e responsabilidades.
3. Diante do exposto, visando á regular instrução do feito e, ainda em respeito ao princípio do promotor natural, VOTO pela remessa dos autos á PR/DF para a adoção das providências que se fizerem necessárias.

I-RELATÓRIO
1. Trata – se de procedimento istrativo instaurado no âmbito da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão a partir de denúncia encaminhada ao Procurador Geral da República por ofício do Exmo.Sr. Deputado Mário Heringer.

2. Relata o denunciante possíveis irregularidades praticadas por empresas que comercializam pela internet produtos sem o necessário registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, praticam propaganda enganosa ou abusiva, empregam métodos coercitivos e desleais contra o consumidor, fornecem- lhe produtos não solicitados e desrespeitam vários dos seus direitos elencados no art. 6º do código de Defesa do Consumidor.

3. Consta dos autos como empresa a qual se aponta a prática das irregularidades a WBPC LTDA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE, inclusive já autuada pela ANVISA (fls. 101).É necessário apurar existência de outras empresas com iguais práticas.

4. A ANVISA prestou informações preliminares sobre alguns dos produtos apontados na representação ás folhas 101 a 103

5. É o relatório.

6. Verifica–se a necessidade da regular instrução do feito, afim de que a questão possa ser efetivamente apurada.

7. Necessário que o feito seja encaminhado á Procuradoria Regional no Distrito Federal por respeito ao princípio do promotor natural, consagrado na Constituição Federal e na Lei Complementar n° 75 de 20 de maio de 1993.

III- DECISÃO

8. VOTO pela remessa dos autos á PR/DF para a adoção das providências que se fizerem necessárias.

Brasília –DF, 30 de novembro de 2005.

JOÃO FRANCISCO SOBRINHO
Subprocurador-Geral da República
Coordenador da 3°CCR
Relator

Reunião com coordenadores do Modeve marca início da mobilização em 2006 k3723


O presidente da Frente dos Vereadores, deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), reuniu-se hoje com os coordenadores do Modeve nos estados. Eles foram informados pelo deputado da colocação em pauta, agora na convocação extraordinária, da PEC 333/04. Os coordenadores dos suplentes nos estados aproveitaram para fazer um balanço do movimento e discutiram com o presidente da Frente novas formas de ação.

Estiveram presentes entre outros o coordenador do Modeve em Goiás, Natanael Caetano, do Mato Grosso do Sul, Gabriel Stalin, Minas Gerais, João Cruz, São Paulo, Marta Leão e Santa Catarina, Fernando Souza. Também acompanharam a reunião diversos suplentes como Amauri Rodrigues e Pastor Waltemir, de Goiás, e Toninho do PT, suplente em São Paulo.

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes 1v3a5z


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano ado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os rees para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura ada, propõe, por outro lado, a diminuição de rees para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano ado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no ree de verbas, ando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o ree”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:
Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o ree de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e ariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, aria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e ou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e ou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e ou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e ou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e ou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e ou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura ada, de 2001 a 2004.

Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam reando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

Mário Heringer defende na imprensa volta dos suplentes 1v3a5z


O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, defendeu em várias entreevistas dadas à diversos veículos de comunicação do país, a volta dos suplentes de vereadores. Segundo ele, depois de instalada a Comissão Especial na Câmara dos Deputados, o caminho será fazer uma emenda para reestabelecer a justiça e o direito daqueles que foram impedidos de assumir os mandatos. Leia na íntegra algumas matérias:

Matéria publicada no jornal Estado de Minas em 05/01/2006:


Suplentes de olho em proposta

A Frente de Vereadores, liderada pelo deputado federal mineiro Mário Heringer (PDT), espera que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, que altera o limite de despesas e a composição das câmaras municipais, seja apreciada durante a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que vigora até fevereiro. Os deputados deverão criar uma Comissão Especial para analisar o conteúdo da polêmica PEC 333, antes de submetê-la aos plenários da Câmara e do Senado. Se aprovada a proposta, o número de vereadores voltará a ser, na maioria das cidades, o mesmo anterior à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano ado, que reduziu 8.528 cadeiras no Legislativo municipal brasileiro.

Em meados do último mês de dezembro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou por unanimidade a PEC 333, fornecendo munição aos suplentes não eleitos em 2004 por força da norma do TSE. “Acredito que vai haver uma emenda à PEC para que estes vereadores sejam empossados”, disse o Heringer, que representa 215 deputados e 20 senadores. “Acho justo que voltem aos seus cargos, que lhe foram retirados de maneira truculenta e injusta”, completou. De acordo com Heringer, o principal argumento do TSE – de que a diminuição do número de vereadores reduziria os gastos do Legislativo municipal – caiu por terra, uma vez que os rees para as Câmaras, em 2005, continuaram os mesmos previstos na Constituição.

O deputado ressalta que a PEC 333, embora amplie o quadro de vereadores aos níveis da legislatura ada, propõe, por outro lado, a diminuição de rees para o Legislativo, representando uma economia de R$1,5 a R$ 2 bilhões para os cofres dos municípios. TRAMITAÇÃO A Comissão Especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. “Agora começa uma discussão prática do mérito das mudanças”, afirmou Heringer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo plenário da casa em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Após aprovação na Câmara dos Deputados, a PEC 333 segue para o Senado, onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se aprovado o texto da Câmara dos Deputados, a emenda é promulgada pelo Congresso. Se for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma casa para outra até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas casas. A previsão de Heringer é que a PEC seja votada até abril pelo Senado.

Segundo ele, a medida é de grande importância para o país, pois, além de reduzir as despesas das câmaras municipais, irá estabelecer regras claras a respeito da representação proporcional. “A Constituição prevê a distribuição proporcional, mas não diz o mínimo e nem o máximo. Com isso, fica um vácuo jurídico que motivou a normatização do TSE”, justifica.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Mira Estrela, município no Noroeste de São Paulo com 2,5 mil habitantes, será duplamente “penalizado”, caso a PEC 333/04 seja aprovada. A cidade se enquadra na primeira faixa populacional do projeto (até 5 mil habitantes) e, por isso, terá que reduzir de nove para sete o total de vereadores. Curiosamente, o processo que levou o TSE a diminuir a quantidade de parlamentares municipais em todo o país começou em Mira Estrela, no início da década de 90. Naquela época, uma Ação Civil Pública, impetrada pelo Ministério Público, propôs a inconstitucionalidade da Lei Orgânica do município, que havia fixado em 11 o total de vereadores.

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento do recurso extraordinário, em abril do ano ado, confirmou a tese do MP paulista, levando o TSE a editar a Resolução 21.702, que estabeleceu faixas populacionais com número exato de vereadores para cada faixa. “Vamos perder material humano. O pessoal trabalha unido para conseguir benefícios”, lamenta o presidente da Câmara de Mira Estrela, Odair Nogueira, caso o Legislativo seja obrigado a baixar pela segunda vez o número cadeiras. De acordo com o texto da PEC 333, municípios com os mesmos níveis populacionais de Mira Estrela também sofrerão cortes no ree de verbas, ando de 8% para 7,5% da receita tributária municipal. “Se diminuir o número de vereadores, aí tudo bem reduzir o ree”, avalia.

Matéria publicada no jornal Hoje em Dia em 26/12/2005:

Elizeu Lopes
Repórter

O Brasil pode ter mais 3.500 vereadores em 2008, sendo 520 em Minas se o Congresso Nacional aprovar, no primeiro semestre de 2006, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 333, do deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que fixa nova proporcionalidade para o número de vereadores por município. A PEC, apesar de prever o aumento do número de vereadores, vai reduzir, por outro lado, em R$ 1 bilhão o ree de recursos para as Câmaras Municipais.

Hoje, a Constituição Federal permite a destinação de até 8% da receita do município para as câmaras. A PEC reduz este percentual para 7,5% e, mesmo assim, só para as câmaras de municípios com até 100 mil habitantes. De 100.001 até 250 mil habitantes, o índice será de 6,5%; de 250.001 a 500.000, será de 5,5%; de 500.001 a 1.500.000, 5%; de 1.500.001 até 3.000.000 será de 4,5%; e acima de 3 milhões, 4%.

A PEC fixa também 25 composições para as câmaras municipais. Os municípios com até 5 mil habitantes terão sete vereadores; de 5.001 a 15 mil, nove; de 15.001 a 25.000, terão 11; de 25.001 a 45 mil, terão 13; de 45.001 a 70.000, terão 15; de 70.001 até 100.000, terão 17; de 100.001 a 250.000, terão 19; de 250.001 a 500.000, terão 21; de 500.001 a 600.000, terão 23. As outras 16 faixas, que variam de 600 mil a 10 milhões, não atingem nenhum município do interior mineiro.

Belo Horizonte, com 2.350.564 habitantes, está na faixa entre 2 a 3 milhões e deverá perder dois vereadores. Tem 41 e só poderá ter 39. De acordo com o anuário deste ano da Associação Mineira de Municípios (AMM), Contagem, na Grande-BH, tem a segunda maior população do Estado, com 583.386 habitantes; Uberlândia, no Triângulo Mineiro, tem a terceira, com 570.042; e Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta, com 493.121. Contagem e Uberlândia têm hoje 20 vereadores e ariam a ter 23. Juiz de Fora, que tem 19, aria a ter 21.

A Resolução 21.803, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), baixou em 2004, reduziu em todo o país o número de vereadores, de acordo com os critérios declarados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do recurso 197.917.

Com a redução, Minas deixou de empossar 1.240 vereadores. Em 2000, elegeu 9.093 e, em 2004, 7.853. Em nível nacional, em 2000, nos 5.562 municípios, foram eleitos 60.229 vereadores e, em 2004, 51.748, sendo 8.545 a menos.

Entre os municípios mineiros que mais perderam vereadores estão Barbacena, no Campo das Vertentes, que tinha 19, perdeu oito e ou para 11; Aimorés, no Vale do Rio Doce, tinha 15 e ou para 9; Araguari, no Triângulo Mineiro, tinha 17 e ou para 11; Araxá, também no Triângulo, tinha 15 e ou para 10; Arcos, no Centro-Oeste, tinha 15 e ou para nove; e Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, tinha 17, perdeu seis e ou para 11.

Pompeo de Mattos disse ao HOJE EM DIA, que o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE) vai apresentar uma emenda propondo que o número de vereadores da atual legislatura, iniciada em janeiro deste ano (2005) e que vai até 2008, seja o mesmo da legislatura ada, de 2001 a 2004.


Deputado contesta resolução do TSE

O deputado Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Representação Proporcional nos Municípios, contesta a Resolução 21.803 do TSE. “Ela não economiza dinheiro das prefeituras e tira o direito do povo ter uma representação proporcional ao número de habitantes do município nas câmaras municipais”, condena Heringer. Segundo ele, a resolução reduziu o número de vereadores, mas as “prefeituras continuam reando o mesmo dinheiro para as câmaras e os presidentes utilizam os recursos como querem”.

Heringer afirma que a resolução foi baixada pelo TSE especificamente para a eleição de 2004 e que a PEC 333 estabelece critérios definitivos para o número de vereadores que cada município pode ter e os recursos que as prefeituras podem transferir para as câmaras municipais. A PEC, segundo ele, foi aprovada por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida pelo deputado Antônio Carlos Buscaia (PT-RJ) e agora será apreciada por uma comissão especial, que ainda será constituída e depois será votada em plenário.

Para ser aprovada precisará de 308 votos favoráveis. Ou seja, dois terços dos 513 deputados federais terão que votar a favor. Mário Heringer está confiante e acha que não haverá problemas “porque as questões políticas precisam de regras claras e previsibilidade”. Segundo ele, a reação do PDT à Resolução do TSE, levou o ex-governador Leonel Brizola a impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) junto ao STF em junho de 2004, quando ela entrou em vigor.

Mário Heringer afirma que a proporcionalidade prevista na PEC para composição das câmaras municipais seria o “retorno da democracia, porque democracia é feita com quantidade e o que tem mais votos vence quem tem tem menos votos, e o voto do doutor tem o mesmo valor do de um lavrador”.

O presidente da União dos Vereadores do Estado de Minas Gerais (Uvemig) César de Tarso Gomes Pinto (PL), vereador em Extrema, no Sul de Minas, não retornou as ligações. Mas a ex-presidente da entidade, Arlete Nogueira, disse que a redução do número de vereadores, determinada pela Resolução 21.803, do TSE, é uma questão secundária. “O que tem de ser moralizado são os gastos das câmaras municipais. A destinação de 8% da receita do município para as câmaras é um índice muito alto e precisa ser revisto”, defendeu ela.

Deputado Mário Heringer trabalha para montar Comissão Especial m5ot

O deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), presidente da Frente dos Vereadores, tem se reunido com os membros da mesa diretora da Câmara e lideranças partidárias, para agilizar a formação da Comissão Especial que irá analisar a situação dos suplentes de vereadores.

Depois de aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a PEC 333/04 poderá entrar na pauta de votação do plenário da Casa ainda durante a convocação extraordinária. Pelo menos essa é a expectativa do parlamentar mineiro, que lidera a Frentre dos Vereadores, e luta para restabelecer a representação proporcional nos municípios brasileiros.

Segundo ele, o movimento já conta com expressivo apoio no parlamento federal, com a adesão de mais de 215 deputados e quase uma dezena de senadores. “A medida é de grande importância para o país não apenas do ponto de vista da representação popular, mas, principalmente, para a economia de recursos públicos já que com a aprovação da PEC, o país poderá economizar mais de R$ 1 bilhão”, diz.

Nova composição e novos limites de gastos para as câmaras municipais 6b1t4z

videos_04

Programa Câmara Hoje

Veja o aqui o vídeo do programa

Para salvar: Clique com o botão direito e selecione:
“Salvar destino como…”
É necessário o Windows Media Player.

Resumo: A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou a issibilidade da Proposta de Emenda Constitucional 333 de 2004, que prevê nova composição e novos limites de gastos para as câmaras municipais. Nesta edição do “Palavra Aberta”, nós vamos conversar com o deputado Mário Heringer, do PDT de Minas Gerais, sobre essa reformulação de limites.

Fonte: TV Câmara

Aceito que meu WhatsApp seja incluído em uma lista de contatos para recebimentos de avisos sobre o webnário e outros assuntos.